Coplinha do coração

O sol resseca os sonhos que já nasceram mortos.

Que de pouca estrada em sonhos esquecidos

Que seguem pelos carreiros da vida já perdidos

Mal dormidos as vezes tortos.

Pela hora branda depois da lida se recosta.

Mira longe as esperas passarem devagar

Sofrenadas pelo horizonte a me calar

Trazendo sonhos já depostos

A alma se para dispersa largada.

O mate faz o alento pela hora calma

A guitarra exala coplas de dentro da alma

Assim como o coração pega a estrada.

É um manancial de coplas e sonhos andejos

Que deles se vão pela planura da frente do galpão

E recorre ate no povo em silêncio, e voltam no coração

Descobrindo pelos olhos que não mais vejo.

Vai pelo campo vasto coplas de alma e cor.

Já que o sol resseca como xergas sonhos distantes

Seca o sal dos olhos pela vida às vezes errantes

E solta pela copla de um domador.

Que recosta o corpo por um final de tarde

Mirando alem do poente sonhos perdidos

Que resguardou pelo olhar mal dormido.

Pra pela hora buena da tarde sem alarde

Mira solito de mate na mão.

O poente com alguma copla de canto em flor

Lamentando os sonhos ressecados pela cor

Pela frente do galpão aberto o coração.

Ginete
Enviado por Ginete em 14/05/2012
Código do texto: T3667941
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