Por a resposta de um chasque

Espero pela hora camboneando a espera de um chasque.

Que por ele traga a resposta de algo esquecido,

Talvez algo que esteja perdido ou adormecido.

Na espera pela noite escura, adentro sem sono.

Assim me vou, por ai com o coração em seu entono

E nos meus olhos a espera, que ainda segue.

Nem lembro quando foi a noite que pude dormir.

Somente da que esqueci do sono pelo galpão.

E mateio mirando além dos campos com a luna na amplidão

Que se abre em meus olhos judiados de tempos,

A mirar ainda somente o verdor dos campos.

E ter somente essa espera, desse chasque, ainda por vir.

Água clara que as vezes salta de dentro da alma

Fugida pelos meus olhos alheios de tudo.

E por mais uma noite me adentro, como se fosse pelo mundo

Procurando as vezes somente pela luna estradeira

Alguma copla que fiz e se perdeu por matreira,

E fico de olhos fingidos pela madrugada, ouvindo o vento em calma.

Assim por ir... E por ver... E por ter...

Ainda por lembrar pela hora mal dormida

Que pela alma escora esse fio de vida.

E somente camboneio mirando além porta.

A espera. Que me mira pelo olhar da luna vestida de prata.

Ainda querendo esperar, mas sem esquecer...

Que ainda na espera retinta deste chasque que mandei

E ainda não voltou a resposta pela noite.

Que segue pelo meu olhar de distante.

Com esse mate confidente pela hora larga

Que de uma espera se torna numa bruta carga.

Ginete
Enviado por Ginete em 02/04/2012
Código do texto: T3590891
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