Fui virando um vulto noiteiro

Virei um volto pela noite

A mesma que me assistiu.

Que sumiu em min no breu da noite

E notou que fugitivo partiu...

Repartindo as sortes e as vidas.

Ficando somente nos olhos um recuerdo perdido.

Vivendo por a madrugada de olhos mal dormidos.

Indo em vida e lida.

Virando e sumindo noite adentro

Que me entro virando a madrugada

As vezes mateando rondando a potrada

Que vai pastejando.

Agora noiteiro vivente sem rumo

Sinuelo somente tua lembrança.

Que toma o peito de qualquer pensamento que aprumo

E agora um vulto solito sem esperança.

A galopear em mouro ou zaino

Ou qualquer potro pra o ano.

Que se enfrena também.

Se tornando também um vulto madrugueiro.

Que como eu sorveu solito

Somente mirando o infinito.

Pelo céu escuro pela noite

Se tornando um vulto andarilho.

Ginete
Enviado por Ginete em 13/03/2012
Código do texto: T3551395
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.