Esculpida a cena de campo...

Foi numa quadra de campo

que foi o destino por afoito,

foi desenhando sem pesar.

Um mouro maula que vinha

cambeado das bandas da froteira.

Buçal forte, socado apertado

num silvido Dom Inacio ajeita as garras.

A lida ia ser buena

mas também feia.

O mouro pavena, pela cordas

sentado...

E Dom Inacio na pressa

que não tinha.

Ajeito o pé no estribo

numa frestiada quase tirou

O ginete pra o lado .

MAS voltou e montou.

Sentou com jeito sob o socado

e esperou mudando um mango

de braço.

Um tinha força nos olhos

o outro era maula de potro.

Se largaram, um lenço preto

abanando pra tras atirado

a meia espalda.

Um sorriso de desdenho pra o nada,

QUe o potro mouro pegando

pra cima nem bola dando.

foi tocando esporas

esculpindo a cena pela quadra de campo

e uma manhã que trazia lumens

de sol que ainda as nuvens cinzentas

ainda estavam na forma.

Um domador e um potro...

Num ritual de campo e galpão

jogando a suerte a vida

um do outro.

Esculpindo a cena diante dos olhos

de quem viu.

Ginete
Enviado por Ginete em 03/05/2011
Código do texto: T2945654
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