De volta pra os bastos

O rosilho ficou chucro pelo campo

Vortou pra os bastos

Sotreta, nem parece aquele de fue

Bem manso com preparo buenos de prata

E doze.

Anda bólido de atrevido

Que manda lombo e sai

Querendo a volta mais braba.

Na ciência de enfrenar

Pegou pra costear as próprias

Cosas recolutas do Don Inácio.

Anda com o lombo que é

Um bodoque.

Sai batendo carona vendendo

As garras esquecendo-se da doma.

Chega corta o pelo e o cuero

Que ontem pateava estrelas pela

Volta de sueno em flor.

E agora patea com força os ferros

E os recuerdos que sentam

Garras pelo olhar que se perde

Ao largo.

Dos tirões do bocal que

Viram um queixo encruado

Junto a polvadeira que levanta

Na briga do mais taura.

Que nem parece que saiu

Manso ao trote largo.

Virando pra os dois lados

Com rédea frouxa.

E agora se desvia os olhos dos meus.

E o rosilho se perde que cai

E fica roncando de aporreado

Junto a mangueira.

Nos assombros que acha

Rosilho bueno que de ontem

Pelas ressolanas fazia volta

Campaeando o rumo pra sair.

Don Inácio faz de volta um

Um malo pra costear as garras

Se pergunta donde errou na doma

Talvez puxou demás, ou não enfrenou

Em luna buena?

Na boina chairada pelos sois

Ensina mais um pelos bastos

Novamente, como que se o destino

Quis se que não morra que fue.

Já andava bueno, guitarreando pra luna

E enfrenando canhas com um

Sorriso de alma buena.

Mas talvez pelos bastos

Reveja um sueno perdido

Pelas esporas que ata pra costear

Esse rosilho que fue tão bueno e

Manso.

Ginete
Enviado por Ginete em 01/07/2010
Código do texto: T2352868
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