Bocas vazias, em charlas pobres...

Tem tanta cosa errada nesse mundo velho.

Gente que prosea de mais...

Gente que charla algo se nem

Saber que não sabe.

Bocas vazias, que nem com mates

Se calam pra talvez recolutar,

Que é bueno pra si...

Quando não gosto da prosa

Miro no olhos e saio fazer algo

Ou me calo com o mate de minhas

Confidências miúdas.

Bocas que charlam mais

Não pensam...

Não ouvem e muito menos

Sabem que charlam.

Ah tenta cosa que tem pra fazer

Em cada dia, que se detem

Por cosa pouca.

Vejo os das casas se perdendo

Num estrangeirismo soberbo.

Dando voz e tom a recém

Chegado de outras plagas.

Que me pergunto?

Num floreio enquanto mateo,

Será que sentem algo por dentro?

Ou só charlam por serem bocas vazias?

Bocas sedentas por pouco,

Pra fazer de pouco muito!

Enquanto alguns se param

Quietos no seu mate.

Proseam de coplas vazias

E em milongas que nem sentem

Por um segundo que pensam.

Charlam prosas vazias sem

Nem saber que querem pra si?

Ginete
Enviado por Ginete em 17/11/2009
Código do texto: T1929264
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