A boca obscena, cheia de teu hálito engole palavras
e não sente o ar...
a tua louca luxúria, acariciam a jugular...
vampirismo de Bram Stoker
além de um sangue doce,
escorre uma textura poética de odor de orvalho
Assim, a fêmea é possuída,
Orgia de letras, músicas e telas, convidam ao prazer,
Tua alma leva aos prostíbulos da imaginação,
Moças inocentes de imaginação infinita,
Braços e pernas, deitam-se e abrem-se,
Ao comando de teus olhos...
Vem, insaciável inspiração de desejo!
Expostos nessa fragilidade visceral,
A inocência acabou, termina a racionalidade,
O corpo treme de desejo e escreve com a língua,
Enquanto extrai o sabor do beijo...
A tua viril arte maliciosa, penetra a boca,
Tuas metáforas devoram espaços,
Escreve em corpos, uma espécie de liturgia pecadora,
Enquanto o corpo incorpóreo, bebe o sangue banco
Expurgado de teu prazer...
Embriagando e viciando como antídoto da solidão:
Paixão...
Olhos sequiosos bebem na tua fonte,
Em tua essência o segredo que guardas de teus desejos
Um êxtase nada virginal.
Tens o corpos livre que habita alma-prisão.
Gritos e gemidos, risos e lágrimas na escuridão,
Olhos fechados... O gozo
A alma pinta tesão,
tela do corpo!