Quanto de meus dedos
Cabem nos segundos
Onde impresso tua face
Na palma de minhas mãos!
Quanto de teus olhos
Cabem dentro dos meus,
Quando te sinto invadir
Com todo furor da doce loucura.
Quanto de tua dominação
Cabe na pele que mina suores,
De conta-gota de um desejo
Que toma em cansaço.
Quanto de mim, cabe em ti
Que me deixa em saudade,
Expandindo o vazio...
No canto frio da sala.