Hábitos Orais

Não precisamos de copo quando bebes do meu gargalo,

É mais um fim de semana, um respiro em meio a correria,

Meus planos se resumem a você e o que quero contigo,

Um respiro, e traz novos ares ao meu corpo inteiro;

As horas passam, escorrendo como eu pela sua pele,

Fazendo as flores do teu jardim desmancharem ao toque,

Tenho um hábito, quase um vício e você lida com isso,

Tento sugar seu amor, lento e faminto pela carne;

Como se fosse fazer você derreter na minha boca,

Trazendo seu afeto dos poros para meus lábios,

Como uma cachoeira ou chuva, aceito metáforas,

Me embriagando do amor que você me emana;

E toda vez, te prometo mil beijos até cansarmos,

Até nossos lábios secarem e cessarmos o plano,

Mas ainda molharia seus dedos direto da minha boca,

Não te deixaria ressecar, faria sua pele brilhar;

Levas seus dedos lambuzados como tempestade,

Inundando regiões e afundando minhas vontades,

Tuas curvas como uma mapa entre aberto,

Vales, montes, planaltos para eu fazer chover;

(Data: 11 de Julho de 2020)

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