Corpo...

Ergo-te em meu corpo
no silêncio lento
em que me acaricias...
tuas mãos macias,
são instrumentos
que se volatiza em melodias…
trazendo harmonia ao meu ser.
O teu grandioso sonho...
diga em mim o que dizes, sem dizer.
Tuas mãos acordam ruídos
na minha carne colada a ti, dentro
em teu sangue sinto a expressão
desses indefinidos silêncios da alma tua.
Ahh, poesia que tens nos lábios!
O teu inédito poema vibra e canta
na minha pele nua.
Penso em ti e te sinto...no vento...
e, a ele me exponho com carícias
mansas e brutas, julgo-me apenas sua
e tu me vens!
Aah o meu gozo violento,
exposta a volúpia do vento.
Feliz te tenho, ainda que
abstrato sejas!!