VOO CEGO
A sensualidade que ao amor impele
Para degustar o néctar deve haver invasão
E borrifar, tua fragrância em minha pele
Tatuar tua face, com ferro quente em meu coração
Sucumbo ao deleite
Sem pudor, entrega-me tua nudez
Seu tato, arrebata-me os sentidos
Para encontrar a luz, perco a razão
Entre curvas sinuosas
Navego com precisão
Traduzi-me em coragem, guia-me a emoção
Sou levado ao delírio
Voo cego, conduzido por suas mãos
Montteiros Dalton