Delírio

Bebi na sua fonte emoção ao êxtase fui alçado

Não bastasse a taquicardia ao vê-la

Estar por seus braços enlaçado

Este torpor prende, não quero ser libertado

O âmago da questão é mais quente

Do que o argumento usado

O diálogo corporal iminente

O corpo torna-se quente e suado

Bocas sedentas ficam úmidas

Os seios ao tórax são roçados

Há confusão de pernas e coxas

Dois corpos no mesmo espaço

Sente-se arranhada as costas

Unem-se côncavo e convexo

Os olhos ficam cerrados

Tornamo-nós desequilibrados

Não caimos por estarmos deitados

Os corpos tornam-se elásticos

Como imãs ficam grudados

Esgotam-se ficam extenuados

Murmuram uma língua estranha

Nem um ao outro entendeu

Só entendem quando falam o corpos

Retesou, tremeu, esmaeceu.

Montteiros Dalton

Montteiros Dalton
Enviado por Montteiros Dalton em 31/01/2017
Reeditado em 06/07/2019
Código do texto: T5898849
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