Micareta Maluca

Estávamos todos no carnaval,

atrás do trio elétrico,

o ritmo era fenomenal,

o povo tava frenético.

A mulher do meu primo,

descompassou na bebida,

ela tava uma gracinha, um mimo,

com uma carinha de bandida.

Ele ficou raivoso,

mandava ela parar de beber,

com um olhar gostoso,

ela dizia me deixa, não vou me conter.

Ele insistia,

ela já estava de saco cheio,

eles se afastaram naquele dia,

e eu tava lá no meio.

Nunca fui próximo do priminho,

pelo contrário, sempre nos estranhamos,

a mulher dele carente, querendo carinho,

aquele dia nós amamos.

O trio seguiu sem freio,

meu primo, fora da corda ficou,

o trio correu como em tiroteio,

e a distância entre eles aumentou.

Ele gritava pra mim,

agarra ela, não deixa ela solta,

eu disse, agarro sim,

e ela toda toda.

Não sou errado,

mas não respeito quem quer me ferrar,

naquele dia eu tava safado,

o priminho sacana errou em confiar.

Blusinha branca,

shortinho colado e matando,

no carnaval a gente não se manca,

vai passando e vai pegando.

Agarrei ela por trás,

e a maluquinha se encaixou em mim,

o cabelão liso e aliás,

nunca vi ninguém tão gostosa assim.

A gatinha bebia de rodo,

no copinho dela tinha Whisky com Gabriela,

eu todo todo,

feito cachaça na boquinha dela.

Misturamos beijo, amasso, tequila e Nutella,

foi uma micareta maluca,

ela em cima de mim e eu em cima dela,

beijinho na boca, no pescocinho e na nuca.

Ricardo Letchenbohmer
Enviado por Ricardo Letchenbohmer em 21/12/2016
Reeditado em 21/12/2016
Código do texto: T5859646
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