Com a autorização dela, eu comecei a escrever "o que aconteceu entre a gente...."

Caiu vinho nos seus seios e depois foi descendo pelo seu corpo. Ela não era do tipo muito tímida e simplesmente sorria para tudo de erótico que acontecia entre a gente. Ela tinha uma pele branca, pernas brancas, um pouco grossas, cabelos cheirosos, olhos expressivos, um perfume que eu amava, mas ainda não consigo lembrar o nome. Ela gostava/gosta do mesmo tipo de vinho que eu e ama a alegria e o tesão que o vinho proporciona. Ela já estava um pouco “alta” após quase uma garrafa de vinho (seco, tinto, Cabernet Sauvignon, chileno, chamado Casa Silva, conhecem?). Mas quando eu notei que o vinho estava escorrendo pelo seu corpo eu pedi (pedir com educação é sempre charmoso) para ela se eu poderia beber o vinho em “outra taça” quando o vinho chegasse lá (ela conhece algumas de minhas poesias onde falo sobre isso). Ela achou engraçado, mencionou a minha poesia (o que achei incrível e de uma memória prodígio por ter lembrado disso, justamente naquela hora) e começou a rir, talvez antevendo o que eu iria fazer com a minha boca e lábios. Tenho a boca normal, nada diferente do que muitas mulheres esperariam de um cara com uma boca especial. Mas gosto de usá-la da melhor forma possível. Ela disse que iria adorar porque jamais alguém tinha feito esse pedido (não acreditei muito, porque há muitos caras legais por aí que sabem como pedir e como fazer, mas aceitei o elogio com um sorriso somente – palavras nesse momento não tem muito sentido). Uma música do Bryan Adams estava tocando e achei o momento propício para fazer aquele pedido que para mim seria normal mas para ela muito diferente e erótico. Sou menos tímido do que ela e perguntei o que ela faria se o vinho escorresse “para a flor onde mora o amor” (eu não quis usar a palavra propriamente dita porque não me senti à vontade para usar essa palavra). Ela gostou do romantismo da escolha da palavra para algo que amamos tanto quando amamos, mais ainda quando amamos. Ela sempre foi muito caprichosa nessa parte do corpo e eu nunca tive nada a acrescentar ou sugerir que ela pudesse fazer para deixá-“la” linda e perfumada, com depilações que a deixasse mais ou menos bonita. Sempre amei, desde o princípio, o que ela decidisse fazer com algo que pertencia mais a ela do que a mim (embora ela dissesse que era mais minha do que dela, mas quem sou eu?) Bem, para responder a minha pergunta sobre “o vinho escorrendo sobre a flor”, ela simplesmente e eroticamente sugeriu que eu a provasse e me demorasse o tempo que fosse preciso. Ela ainda acrescentou e me advertiu que o vinho tinto poderia esquentar além da temperatura normal (18 graus) em contato com uma “flor tão quente”, que a minha boca e lábios queriam tanto provar.

E para provar que a temperatura não me incomodaria de nenhuma maneira, a provei, e pedi para ela que fizesse o que quisesse enquanto eu bebia do mel misturado com o vinho (gostava quando ela mesma me direcionava a minha cabeça com as mãos para os pontos onde ela sentia todo o amor e tesão do mundo) e pedi que me avisasse do clímax que viria com o gozo do amor (ela já tinha terminado toda a garrafa do Casa Silva). Foi longo, alto, o gemido mais lindo que eu já ouvi. Estava cansada, estava exausta, feliz, sorridente. Quando fui até ela para a olhar e beijar, ela simplesmente me deu um longo beijo na boca antes de cair “desmaiada” do lado, agradeceu e dormiu.

Apaguei a luz, feliz, satisfeito, me sentido o homem mais feliz da face da terra!

Paulo Eduardo Cardoso Pereira
Enviado por Paulo Eduardo Cardoso Pereira em 17/05/2015
Reeditado em 23/05/2015
Código do texto: T5245358
Classificação de conteúdo: seguro