VERSOS DESPIDOS

Quero me despir em versos e rimas,

E mesmo que as palavras aconteçam de se esvair.

São com elas que externo a mulher ou menina,

Que pulsa dentro de mim...

Extrovertida, valente, atrevida...

Outras horas, contrita num silêncio profundo que arqueja dentro de mim.

Passando horas assim: consciente apenas de um existir,

Que interagindo com a vida arrisca-se em ser feliz!

Sou um elo, uma fonte, ou simplesmente uma ponte,

De dois extremos gigantes que pulsam dentro de mim...

Frágil ou forte, com fé ou sem sorte,

Que busca seu norte, com a calma de um aprendiz.

E se porventura o tempo queira por algum momento caçoar de mim...

Tiro-lhe os sapatos, mostrando-lhe o outro lado,

Descalço, desnudo e sem embaraço,

De uma alma peralta, infatigável e ousada que traça o seu existir.

Juliana Martorelli
Enviado por Juliana Martorelli em 25/01/2014
Reeditado em 26/01/2014
Código do texto: T4664720
Classificação de conteúdo: seguro