Oposos

Não sei se é amor, ou pura sedução.

É que me queima a pele e invoca meu suor

É que me faz pedinte, que não me distingue que me dá um nó.

É que me faz escravo, e torna vagabundo e me deixa só.

É que não me aparta que fica na minha pele e marca cicatriz

É que me deixa louco, é que sobe as faces e as avermelha no branco matiz.

É que me rouba a boca, me tirando a roupa, com sua sutileza embaixo do lençol.

É que me faz rodeios, brinca com meus seios e com meu prazer.

É que me estrai delírios, do dente aos cílios, do fogo ao pó.

É que me esquece do nome, norteia meu juízo e me ama...

É que me enlaça em teia, morre e não sacia a fome de um só.

É uma partitura, algo sem postura, sem lei sem razão.

É que me deixa pálida, me deixa pensativo, me deixa apática e me deixa nu.

É que me eriça o pelo cada fio de cabelo num arder...

É que me abre as pernas, é que vem de dentro num quebranto e gemido de dor.

É que me molha a vida, inunda meu corpo e me faz chorar.

É que me parte em dois, não deixa pra depois e não há talvez.

É um sentir mundano, um algo assim profano um querer sem querer.

É um ranger de dentes, osculo potente, mais que bem querer.

É um soneto lírico, um poema hibrido um dizer por dizer.

É um trocar de olhares, impares sem os pares, somente eu e você...

Carol S Antunes
Enviado por Carol S Antunes em 15/10/2012
Código do texto: T3933220
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