Cordel para Fídias

Eita, mulé arretada!

Em todos sentido, visse?

Desde a sua belezura

E toda sua meiguice

Inté seus aperreio

E, ôxi, sua arenguice

Mas se arenga é por amor

Se arenga por bem-querer

Vive sempre amulegada,

Mulé igual não se vê

Deixa a gente achamegado

Apaixonado, possa ser

É mulé afeiçoada,

Dessas que nos faz suspiro

Zóio verde té umas hora

É neles que eu me inspiro

Pra escrever esses meus versos

Pra mostrar que lhe admiro

É também mulé de luta

Vive sempre com energia

Parece que nem se cansa

Trabaiadeira, Armaria!

Virada num mói de coentro

Só para se acaba o dia

Só daí o tempo é nosso

Pra fazer o que quiser

Bem juntinho um do outro

Rosto e rosto, pé com pé

Vou dizer pra todo mundo

Que eu amo essa mulé

Heron Queiroz
Enviado por Heron Queiroz em 12/03/2024
Código do texto: T8018232
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