Memórias gonçalenses

Memórias gonçalenses

Miguel Wanderley de Andrade

(Ao escritor Josemar Alves Soares)

Emergi da tua memória,

reouvi línguas estranhas

de homens que vinham pra te esculpir.

Dinamitei tuas pedreiras,

modelei a topografia,

ante um rio correndo, sem freios,

e barrou-se ali.

Teu corpo em concreto, os pilares,

os prados, sirene, pomares.

e bandeirolas vibrantes,

para saudar presidentes!

Surge, enfim, um orgulho dentro de mim,

que o tempo molda e dissipa

sendo frágil e sem fim.

Fragmentado sertão!

Vem, assim, um desejo ao coração,

de contornar tua história,

teus contos de assombração.

Imprevisível sertão!

Miguel Wanderley
Enviado por Miguel Wanderley em 21/12/2021
Código do texto: T7411957
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