Mote do interior

Não esqueço da casinha

Lá do meu interior

Onde vivi na infância

Sentindo cheiro de flor

Era um tempo abençoado

E eu não conhecia a dor

Eu fui galanteador

Fiz serenatas singelas

Não esqueço das canções

Cantadas sob as janelas

O violão que eu tocava

Apaixonava as donzelas

Quando ouço o cantar das marrequinhas

É sinal que se alegram com as chuvas

Esse ano pretendo colher uvas

E criar um casal de andorinhas

As pastagens eu vejo bem verdinhas

Com o gado eu vou ganhar dinheiro

Vou criar muitos porcos no barreiro

E ouvirei o que as aves cantarão

Deus afina a corneta do carão

Nas primeiras chuvadas de janeiro

Agamenon violeiro
Enviado por Agamenon violeiro em 21/05/2021
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