CAFÉ CABÔCO RAÍZ

Ah! Meu fruta-pãozeiro/
Quando irei de novo comer teus frutos/
Com café moído no pilão lá no terreiro/
Enchia o caneco de alumínio.../
E quase me queimando.../
Eita! Curumim danado/
Sentado no assoalho de apunã.../
Uma mão farta de farinha na boca/
Assim eu degustava o pão-semente/
Que quebrava o jejum da gente/

Saudades! Do meu torrão Paranã/
E ainda tem uns que se envergonham.../
Caboco Besta!/ 
Tua linda pele mulata te delata/
Do que te encabulas... /
Os olhos azuis sentem inveja/
Sim, eles invejam nossa fauna e flora/
Nossos rios, nossas riquezas/

Aqui quando tiro minha sesta/
Sorriu feliz " em berço esplendido"/
Ninado pela mãe natureza!


( Fábio Ribeiro - Out/2015 )