País do Carnaval

O meu país tem carnaval o ano inteiro,
Também com tanto dinheiro,
Quem é que não faria
Uma festa todo dia?
O banqueiro e o bicheiro,
Tem dinheiro adoidado.
Os políticos quem diria,
todo dia se fantasia (de bonzinhos),
E vai trabalhar para ganhar seu dinheirinho!
Faz acordo com bicheiro,
Faz lavagem de dinheiro,
Por que afinal, dinheiro,
Só presta limpo,
Lavado no exterior,
Com sabão importado,
E água das Ilhas Caimãs,
Pois, são águas apropriadas.
Já no Brasil, país de carnaval,
Os rios têm pau, têm pedras,
Como diz o poeta: É o fim do caminho!
No Brasil, o país do carnaval:
As águas dos rios,
Não servem para lavar dinheiro,
Só servem no máximo,
Para instalar um bueiro,
Com esgoto de condomínio,
Que nem mesmo o mosquito da dengue,
Quer fazer dele seus domínios.
No Brasil, o país do carnaval,
Beber água faz mal
Afinal, não serve nem para acabar a seca.
Que também é uma coisinha a toa,
Ninguém sofre com isso, numa boa.
E por falar na seca,
No país do carnaval:
É uma coisa que não tem jeito,
Pois tanto já se foi feito,
Que me lembro de ter lindo na escola:
Foi transposto o Velho Chico,
Para irrigar o nordeste,
E acabar com a bolsa esmola!
E o nordeste, graças aos políticos,
Do país do carnaval,
Já foi irrigado e todo mundo passa bem.
Ninguém vive mal: é mentira!
Ivanildo Franco