Fantasmas Atemporais

Enquanto fico a espreitar

A doce solidão de meus dias,

Sinto, ao meu redor,

Os fantasmas, essas

Faces de todos os tempos,

A me rodear, etéreos,

A soprar em meus ouvidos

Os pálidos sussurros

De lembranças mortas

E das memórias do porvir.

Deitando a cabeça

No meu leito de penumbra,

Vejo se projetar em minhas retinas

Os fantasmas, moucos,

Do tempo a se perder,

Mostrando as torturas

De vagar, à eternidade,

Rumo aos momentos noturnos

De angústia que se

Estendem adiante,

Rumo aos etéreos braços

Erguidos à espera

Do saldo, em sangue,

De minha dívida,

Paga a cada parcela carnal

Em minha jornada

Rumo ao destino

De todas as almas

Que comigo caminham.

Karen Samira Yagami
Enviado por Karen Samira Yagami em 23/07/2022
Código do texto: T7566291
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