Menina no escuro
No escuro bate descompassado,
um coração à sangrar,
Quase sem vida e quase sem forças,
agonizante à gritar
Aprisionada no escuro está
a alma agonizante a sofrer,
as correntes vão lhe dilacerando,
acabando com seu viver.
Sua agonia e sua dor,
que derivam de sua prisão,
vão sufocando sua alma,
e lhe esquartejando o coração.
Na sombria floresta anda,
onde o vento frio, incessável fica à soprar,
Infeliz menina perdida,
ouço seu grito ecoar.
Sombras vagantes,
te cegam e te atraem,
viventes bizarros
te enganam, te traem.
Escuro gritante,
cortante, adentra,
em seus olhos vibrantes,
e sua fuga, é lenta!