Flocos de Morte

em cada recanto

sombriamente calmo

sinto cair palpavelmente

os flocos de neve que,

suave e angelicamente,

se dispersam em minha alma,

deixando aqui em mim

sua nobre carícia de devastação.

a cada divino despertar

sinto em meu âmago

o gélido desejo de viver

a admirar os flocos de morte

que voejam ao meu redor,

que caem a dormir em cada

cinzento sono eterno que

dardeja os jovens corações

cansados pela ilusória força

da dor a nos fortalecer

em nossos mais sombrios

e derradeiros momentos de penúria.

Karen Samira Yagami
Enviado por Karen Samira Yagami em 22/02/2014
Código do texto: T4702357
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