Apenas Mais Uma Noite - III
Dormir não consigo mais,
As últimas noites que descansei,
Foram, omissas, aos prantos,
O desespero de um condenado.
No corredor da morte,
Apedrejado e humilhado,
Caminhando acorrentado,
Por um não cometido crime.
Volto, do mesmo modo que vim,
E me apago, no vazio da escuridão,
Uma memória perdida, como as minhas
O meu silêncio é um poema,
Em um caderno em branco,
Nunca escrito, jamais aberto.