Independência ainda que tardia

Independência ainda que tardia

Proclamada por um português

De brasileiros submetidos a mais valia

Soberania: endividada para reconhecimento

Para os ingleses e americanos,

E para os chineses, agora, em crescimento

Brasileiros só tem direitos

Na letra das leis e da Constituição

Mas passam fome, estão na miséria

São desiguais na terra, no mar e sertão

É a terra das oportunidades da exploração

De fazendeiros em grilagens, milícias nas favelas

Dos mineradores que detonam a natureza

Dos empresários ávidos por lucros com juros altos

Para aumentarem suas riquezas

É o país do emprego, desemprego e subemprego

De maioria que vive no máximo com três salários mínimos

E uma minoria que se beneficia em privilégios

E que arrotam preconceitos e naturalizam o mal

Naturalizam o discurso do ódio

Do mercado e do capital

Não concordam com a Justiça

e nem com Estado de Bem-Estar Social

A esperança são daqueles que trabalham

Que lutam no dia-a-dia

Que buscam ascensão social

Fazem da vida alegria e poesia

Muito tem que transformar

A cultura e a educação

Muito consciência tem que despertar

De forma crítica pertencente a uma classe

Contudo, o país ainda tem jeito e gente

De muita gente trabalhadora

Tem muitos grupos e movimentos

Que sonham por uma sociedade transformadora

Brasil, que seu fogo abrase

A transformação necessária

Seja pátria plena nação

Terra justa e solidária!

Lúcio Rangel Ortiz
Enviado por Lúcio Rangel Ortiz em 07/09/2022
Código do texto: T7600499
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