A GRANDE VIAGEM DE MAGALHÃES BASTOS A COPACABANA

Estou num ônibus a caminho e seguindo de encontro

A essa tal Princesinha do Mar!

E já sigo imaginando as praias, suas ondas e os habitantes

Desse Reino distante!

Num caminho formado por 'carruagens' movidas a diesel e ‘gás carbônico’

Solavancos e trancos de impacientes motoristas que gostariam de estar no meu lugar

Como passageiro!

Meu ônibus assim como um luxuoso jato particular, sofre ‘turbulências’

Ao passar sobre os buracos dessa via!

E Copacabana tão distante... pra muitos um oásis, uma ‘cidade proibida’

E ‘Terra Prometida’ das oportunidades de vida em suas ‘migrações pendulares’!

Pelo caminho, ambulantes ‘Seviristas’ oferecem seus presentes pela janela

A este Rei que não sou...!

Digo que não quero, e só me embriago com este ‘combustível engarrafado’

Com esse trânsito!

E a viagem prossegue...

Entre esses trancos, barrancos, barracos, troncos e alvenaria dessas comunidades em volta da pista!

Faço baldeação e mais ambulantes vêm me ‘bajular’...!

Até que finalmente chego!

E entre seus prédios ‘sem infiltração’, eu me perco me encontrando num ‘cartão postal real’!

Beijo a mão da Princesinha do Mar e da também linda prostituta do calçadão!

E estas me levam para conhecer as vitrines, as ofertas, oportunidades e atrações...

Naquele bairro onde tudo é 'ão'....

Até me ser apresentado um outro ‘cartão’...

O cartão da realidade e de papelão estendido num outro calçadão!

Onde meninos de rua e capitães daquela areia e asfalto ‘brincam em bandos’

De polícia, turista e ladrão...!

-Nossa Senhora de Copacabana... nos proteja dessa realidade...!

Mas ao mergulhar nas ondas do 'mar de pedras portuguesas' de seu calçadão

E me esconder na areia me tornando sereia, vi tudo voltar ao ‘normal’

Na minha doce ilusão!

Copacabana dos aristocratas, artistas, shows, de quem 'se torna aristocrata'

E com suas Acrópoles e jardins suspensos em seus Morros onde sua classe é mais baixa!

Berço da bossa-nova, tão cantada e encantada... cercada de prédios e ‘ canteiros de obra’,

Banhistas e mais seviristas pela orla!

Das margens do Lago Titicaca e de seu idioma ‘quíchua-carioquês’ misturado com o do mundo inteiro que a visita!

Do Reveillon, sua cascata de fogos, seu neon... do Copacabana Palace, do Forte e seus ‘dezoito revoltosos’,

Dos castelos de areia, de ricos quatrocentões e ‘novos pobres’!

De marchas, passeatas ou de um simples cooper nesse mesmo calçadão!

‘Cidade luz’... com sua luz que nunca se apaga... ’sempre teremos Copacabana’!

Princesinha do Mundo no calçadão da fama onde tem o seu jubileu!

E nessa longa viagem constato que sou mais um ‘turista’ em minha própria cidade!

Náufrago em ‘mares de contrastes’, túneis de areia e de verdade que vão da praia a cidade onde se volta para a realidade!

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