Tá na boca do povo

Falou o que não devia falar.

O lugar era público, era um bar...

Na mesa, amigos e espiões.

Gerou-se, bate-bocas, desconfianças.

O segredo foi desnudado.

Amigo virou inimigo...

Beber demais, dá nisso!

O silêncio virou grito.

Cada um se levantou e tomou seu rumo.

O riso virou pesadelo.

O morto ressuscitou do túmulo.

Não há remendo que deixe o velho, novo.

Criou-se o estado de medo...

Tá na boca do povo.

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