Genocídio

Cinco jovens, 111 tiros, cinco anos da chacina de Barros. Quantas mais vidas serão perdidas em quantos mais carros?. O jornal enquadra cenas de Paraisópolis. O capitão retrata como um viés de caos dentro das metrópoles. A notícia passa em tempo real. Flagra. Apáticos, expectadores sequer deixam o celular de lado. Praga. A notícia nem choca. Porque morte de gente pobre e preta, parece que nem importa. Virou tema do meu poema hipócrita!. Menores infratores torturados. Quê notam? Teus passados!. Como se fosse aceitável ou tolerável. Desde quando crime contra a humanidade passou a ser justificável?. "Não existe racismo no Brasil". Mando aos filhos da pátria à puta que os pariu!. Chamada de televisão. Número compilado. De um povo que há muito deixou de ser gente e virou estatística do estado. Morreu de morte morrida ou de morte matada?. Na Negligência, displicência, mais um voz silenciada. Nos calabouços modernos, muita gente continua sendo açoitada...