DESIGUALDADE

Desigualdade maldita, que teu povo escraviza novamente

E a sociedade presencia tudo calada, apática, consente

Bradam por justiça, cega! Em nome da lei, avante soldados!

Um genocídio velado de milhares de jovens marginalizados

Abram alas, caros senhores, hoje tem mais um confronto

Vira e mexe, um sobe e desce, é a morte batendo ponto

A largada foi dada há mais de 500 anos, avisa ali pros manos

Que por 300 foram amarrados a mercê do chicote dos donos

Cidadão de “bem” diz que aqui nessas terras tem meritocracia

Os mesmos que creem ser forte, a nossa frágil democracia

Entre um dia abarrotado de sonhos frustrados, uma prece

Em meio ao caos da civilização moderna, o povo padece