PAÍS ERRANTE

A constituição traz à luz direitos mil

Sangra à inércia da petrificação

Direitos outorgados, direito paralisados

Direitos concedidos, mas que parecem aprisionados

A sirene faz algazarra lá no morro

Toque de recolher, praça interditada

Hoje tem bala perdida e tem bala achada

Segue a multidão, retrocesso

Avante soldados, avante nação

Não sei se tomam o rumo certo

Parecem estar andando na contramão do progresso

Homens que se dizem civilizados

Celebrando a barbárie rumo ao regresso

São as faces controversas de um país errante

Diante de um futuro que parece incerto

Tem muita guerra em nome de deus

Muito sangue derramado em nome do amor

E a pátria renega, por ora, os filhos teus

Ignora do povo, o grito, o brado o clamor

Negligencia os direitos de um povo sofrido

Que amarga à sorte de mais um sistema corrompido

Excesso, inverso, controverso

Sobra discurso, ódio, opinião

Soberbos de si, transborda superego

Falta empatia, falta amor, falta compaixão,

Colapso, guerra, caos na iminência

É o ser humano em total decadência

Transborda estupidez, transborda intolerância

Maldito seja o ódio semeado por essa gente

Que os céus tenham misericórdia de tanta ignorância

Que os cegos de alma um dia possam ver

Que a venda que os olhos os tapa venha a perecer

Que Deus um dia os perdoe pelo sangue em suas mãos

Pelas tantas atrocidades em seu nome

Em nome de um ponto de vista, em nome de uma religião

Caroline Campos
Enviado por Caroline Campos em 27/03/2019
Reeditado em 27/03/2019
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