PAÍS ERRANTE
A constituição traz à luz direitos mil
Sangra à inércia da petrificação
Direitos outorgados, direito paralisados
Direitos concedidos, mas que parecem aprisionados
A sirene faz algazarra lá no morro
Toque de recolher, praça interditada
Hoje tem bala perdida e tem bala achada
Segue a multidão, retrocesso
Avante soldados, avante nação
Não sei se tomam o rumo certo
Parecem estar andando na contramão do progresso
Homens que se dizem civilizados
Celebrando a barbárie rumo ao regresso
São as faces controversas de um país errante
Diante de um futuro que parece incerto
Tem muita guerra em nome de deus
Muito sangue derramado em nome do amor
E a pátria renega, por ora, os filhos teus
Ignora do povo, o grito, o brado o clamor
Negligencia os direitos de um povo sofrido
Que amarga à sorte de mais um sistema corrompido
Excesso, inverso, controverso
Sobra discurso, ódio, opinião
Soberbos de si, transborda superego
Falta empatia, falta amor, falta compaixão,
Colapso, guerra, caos na iminência
É o ser humano em total decadência
Transborda estupidez, transborda intolerância
Maldito seja o ódio semeado por essa gente
Que os céus tenham misericórdia de tanta ignorância
Que os cegos de alma um dia possam ver
Que a venda que os olhos os tapa venha a perecer
Que Deus um dia os perdoe pelo sangue em suas mãos
Pelas tantas atrocidades em seu nome
Em nome de um ponto de vista, em nome de uma religião