Murros em ponta de faca

O namoro não começou como os outros

Já no primeiro mês ele a bateu no rosto

Ela achou que ele iria mudar, perdoou-o;

Os dias passaram, assim como o desgosto.

No mês seguinte, veio ataques de ciúmes

E como consequência o poder;

Ela achou que ele iria mudar, perdoou-o;

E sobre isso tentou o máximo esquecer.

Engravidou e veio o casamento, que alegria

Mas nas núpcias ele a estuprou;

Ela achou que ele iria mudar, perdoou-o;

E para que fosse diferente se esforçou.

No casamento o amor acabou, a violência aumentou:

Era contra si, contra o filho. O respeito inexistiu.

Ela achou que ele poderia mudar, perdoou-o;

Sua dignidade depois, nunca mais viu.

Até que um dia, em um ataque de fúria

sem motivo; enfim, ela percebeu.

Ela viu que ele não ia mudar, não o perdoou.

Mas já era tarde, fechou os olhos...morreu!