E, assim, caminha a humanidade...
O meu “eu” ainda preserva
Bem lá no fundo do meu ser
Aquela menina ingênua e sonhadora
Que acredita ter em mãos
O poder de mudar o mundo
Semeando no coração do ser humano
O poder de amar ao próximo
Apenas com o toque mágico
De uma varinha de condão.
Mas, como é possível mudar
Velhas práticas já enraizadas
Passadas de geração em geração
Onde se perpetua a força do poder
Ferindo os princípios da ética
Usurpando direitos e deveres
De cidadãos que primam pela moralidade
E lutam pela igualdade social
Para que todos tenham os mesmos direitos?
E, assim, caminha a humanidade…
Enquanto alguns esbanjam uma vida de luxo
Saqueando os bens públicos
Ou escravizando a mão de obra operária
Outros não têm sequer um teto para se abrigar
E vivem mendigando pelas ruas das cidades
Um pedacinho de pão amanhecido
Ou uma moedinha dada por algum passante
Tocado pela triste cena presenciada.