Um cadarço de sapato

Feito um laço

Prende, amarra segura

Jogado ao chão

Por que solto, desprendido

Cara de arrependido!

Somente dês-preendido

É meu caro cadarço foi o tempo que andavas

Passeavas, ia ao campo, a copa, cozinha

A cidade, a praia, balada... Brilhavas

Estas sós e de nada serves

Não prende não amarras, não seguras

Nada tens e pouco és

Somente um atilho, uma fita sem compressão

Um nastro de linho aprisionado

Incompreendido, sem rumo, aprumo ou função

Quem amarra, prende segura

Sozinho fica, inseguro expira

Estirado feito cadarço no chão

Luiz Carlos Zanardo
Enviado por Luiz Carlos Zanardo em 29/07/2017
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