Arsenais do humano

Fazemos guerras

sob a testemunha dos nossos próprios olhos,

criando mundos onde só o ego alcança;

criando deuses institucionalizados

nos seus templos dissolutos

sugando o sangue daqueles

que dão o que pouco tem...

criamos a perversidade

nos cercados de pavor...

o amor que é doado ao outro é de um falso altruísmo;

o olhar ao necessitado

voa a jato e à superfície...

E construindo castelos sem nenhuma serventia

nutrimos a nossa ganância;

pisando os mais fracos,

criamos a fome, a sede

e todas as mazelas que as acompanham...

Criamos os nossos muros

nas diferenças & distâncias,

o ódio e a violência;

e as pestes que a todos pune...

Nossa apatia é a arma

que a toda guerra sugere

nosso egoísmo é a bala;

que fere e mata inocentes...