POESIA SANDUÍCHE: DILEMA BRASILEIRO
Vai-se acentuando,
Senhores da justiça – heróis da humanidade,
O verbo tricolor da confraternidade...
E quando, em breve, quando
Supremos representantes da Injustiça,
Auto-aclamados heróis da nação,
Vossa maldade e indiferença nos atiça,
Breve vos prostraremos ao chão.
Raiar o grande dia
Dos largos arrebóis – batendo o preconceito...
O dia da razão, da luz e do direito
– solene trilogia –
Liberdade-Igualidade-Fraternidade,
Não só para vossa preconceituosa confraria,
Direitos para toda a humanidade,
A Luz e a razão trarão esse dia.
Quando a escravatura
Surgir da negra treva – em ondas singulares
De luz serena e pura;
Os novos escravos que estais a fazer,
Enxergarão suas negras e podres algemas,
E lutarão para a justiça acontecer.
Quando um poder novo
Nas almas derramar os místicos luares,
Então seremos povo!
Quando a verdade chegar
E a voz dela ouvirmos
Uma nova era de justiça irá começar.
O poema Dilema, de Cruz e Sousa, são os parágrafos 1, 3, 5, 7