O LOUCO

Ele é louco: falaram sobre ele!
Cabelos brancos, olhar estranho, ausente,
Como se enxergasse um mundo atravessado,
De um ponto distante, muito além da mente.
Mas mesmo assim ( louco),  ele era calmo.
Olhar para ele, é como se estivesse ali perto,
Fitando uma criança de tamanho grande,
Com seus brinquedos, mas sem saber ao certo
Como é que se brinca. Perto, mas distante.
Ao observá-lo bem, era doce quase amável,
Qualquer de nós se enterneceria, pois ele sorria.
Ele alí com aquele rosto calmo, vunerável,
Suado, sem sinal de sofrimento, nem alegria
Deixando uma indagação dentro da gente:
Para onde irá o ser, durante a noite ou dia,
Quando a mente está ausente, assim doente?
Será que ser louco é ruim, será que é assim,
Tão diferente do que gente "normal" sente?
É um estado bem curioso, o desse senhor,
Até parece que ele se tornou um voluntário
Ficando nesse estado, por sentir algum temor.
 
 
 
 
Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 16/03/2017
Reeditado em 16/03/2017
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