Baixa a bola, cidadão!

Minha cara não é seu tambor!

Fale baixo e mantém o respeito, pfvr.

Teu murro fálico faliu pra mim.

Gira tua arma que eu vou com meu pandeiro

No embate mexicano

Eu sou o lado latinoamericano!

Se tua roleta me escolhe

Achando que sou o elo mais fraco

Ah, querido...

Vc não sabe a força que essa mulher tem!

Sou crescida no amor, vendo todo o terror

Minha prosa é poesia

Meu black passa e deixa ventania

Meu soul arrepia

Segura tua ousadia!

Quantos episódios serão necessários

Pra vc entender

O limite entre eu e vc?

Minha bunda não é teu atabaque!

Vou começar a marcar no almanaque

Quantas vezes vc vacila.

Se liga!

Cada qual no seu quadrado,

Quero bem o meu espaço.

Eu não sou teu instrumento!

Tenho o meu próprio compasso.

Segue tua percussão

E eu toco meu caminho,

E que quando a gente se encontre

O respeito seja

O pão nosso de cada dia.

O que eu quero não é sua cortesia,

Seu machismo de cavalheiria...

Eu quero que me encare

Humana, inteira:

Mulher com voz

E de autonomia!