Imobilizado

Aos que nos obrigam fingir felicidade

Plenitude, Austeridade e Paz

Erupção não se contém com paliçada

Estamos de cara no chão com as mãos pra trás.

Ilhados, isolados em nossas rotinas

Sabendo tão pouco e deduzindo demais

Até que o coração pare, o sangue coalhe

Estamos de cara no chão com as mãos pra trás.

Entre chutes, cacetadas e falsidade

Condenados ao ostracismo em Alcatraz

Misantropia de estar só nas multidões

Deitados de cara no chão com as mãos pra trás.

Amores vem e vão deixando escaras

E assim passam invernos e natais

Felizes consumistas, vidas vãs

Estamos de cara no chão com as mãos pra trás.

08/2016