TRÊS E DOIS SÃO QUATRO
(Licença, Ferreira Gullar)
Com o pão à hora da morte
O arroz e o feijão esvaindo
A carne a cada dia sumindo
E a verba para educação
Mais pequena
Só se três e dois for quatro
Essa vida vale a pena
Num país de tantos corruptos
E povo historicamente racista
A encarcerar a pele preta
O futuro?
Não me iludo!!
Com essa vida de quarentena
Onde a religião é quem governa
A diversidade é apagada
Em nome da moral e dos bons costumes
Dessa gente “honesta” e “serena”
Só se três e dois for quatro
Essa vida vale a pena.