Concretamente Urbano
Desconhecidos na cidade nua
Filhos da Pauliceia desvairadamente crua
Pivetes, prostitutas e marginais
Se encontram ancorados nos sinais.
Arquitetura gigantesca envidraçada
Nos observam indiscutivelmente na calçada
Locomotiva atenta ao progresso
Fruto obtido mediante do sucesso.
Entre bares e danceterias na cidade
A moçada se agita sorridente de verdade
No fim da tarde e da semana dura
A alma jovem finalmente emana formosura.
Insuportavelmente em minha mente
Os sons estridentes desta cidade quente
Embaralham minha vista
Coisa nunca então jamais sabida.
Debaixo de pontes ou empilhados em barrancos
Favelados oriundos da sociedade, todos fracos
Na verdade as autoridades todos sabem
Nada dizem, nada fazem.