Aranha-Céu

Aranha ao céu, tão alta quanto

os colossos ali erigidos,

morros de concreto em suspeição

mas a aranha é o desafio,

Ninguém sabe

com quantos passos,

Ninguém sabe

quantos dias levou.

Uma hora a aranha chegou,

mas de ninguém teve carona,

O que é significativo

acima dos olhos da cidade,

O que é importuno para prudência

dos homens?

A aranha faz seu trabalho,

de morosas entranhas

enquanto abaixo os cidadãos

se asfixiam na pressa diminuta sem razão.

Ah! Aranha ondula em teia arriscada,

que nem meu dedo mais inútil repousaria.

Nele possuo a técnica, e você sem medo

constrói a vida,

Entre as antenas e satélites

se comunica, entre um abismo

e outro precipício, quase levita

Labirinto sem fim

a necessidade e o impossível

destinado aos homens,

faz com eles o interview

Te procuro ressabiado,

mas nada encontro.

Acabou-se a odisséia,

mais uma vez o homem interviu,

Márcio Diniz
Enviado por Márcio Diniz em 05/05/2011
Código do texto: T2950006