Os boias-fria


O dia mal clareou
La vai ele enfrentar
Um mar de canaviais
Num trabalho quase escravo.
Num movimento continuo
Em condições desumanas
Corta a cana com destreza
Na ponteira e na base.
Seu facão é sua pena.
Mal sabe escrever o nome.
Migra de um campo a outro
A procura da lavoura
Do campo que não é seu.

Este irmão é um bóia-fria


Lisyt
Enviado por Lisyt em 28/04/2011
Reeditado em 28/04/2011
Código do texto: T2935449