O Rio Taquari

Plante que o João garante, era a bravata de então

Estavamos no "Inferno de Dante" Ame-o ou deixe-o!

Brasil Tri Campeão...

Sem critérios, com consentimento, retiraram as matas

ciliares, fizeram desmatamento...

teve inicio uma tragédia, sem alarido

O Rio Taquari começou a ser destruído...

Acadêmicos do Pantanal em protesto, tentaram fazer um

manifesto, não deu em outra, foram vistos como loucos

afinal de contas, eram tão poucos...

Mas a areia do planalto desceu, fechando o canal

os menos avisados acharam que era normal...

era, para eles, mais uma grande cheia no pantanal...

mal sabiam eles, agora era de fato: fatal...

Morreram os bois, sumiram fazendas, casas foram deixadas

as plantações foram destruídas e abandonadas...

a traia era arrumada, irmão socorria irmão

a velho caboclo do taquari partia, com dor no coração...

Agora, a água da enchente-perene, não cria peixe e nem boi

a esperança do pantaneiro com o vento se foi...

resta uma pequena esperança, viva no coração

pesquisadores, cientistas, povo e governo acharem uma

solução.

Triste não é apenas a cena da boa novela,

triste é ver o caboclo do taquari, vivendo na favela

passando até a dura humilhação e tristeza,

por um pouco de feijão em sua panela, em sua mesa...

Manoel Vitório

Esta poesia foi feita em homenagem ao evento organizado na

Embrapa Pantanal em 19/08/2003 reunindo cientistas do Brasil e da Holanda para estudar e buscar solução ao

maior desastre ambiental ao meu ver do Pantanal.

Manoel Vitorio
Enviado por Manoel Vitorio em 18/10/2006
Reeditado em 10/06/2007
Código do texto: T267853