FILHO DE ZEBEDEU

Mosquitos em órbita

Da minha cabeça

Moscas pousam suaves

Em meus braços

Piolhos que trafegam

Sob o meu cabelo.

Apesar de querê-lo

Nem um abraço

Ninguém me conhece

Ou repara em mim

Barba gigante e indefinida

No peito, batendo lento

E sem compasso,

Um coração que eu disse

Um dia ser teu

Já sou filho de Zebedeu

Depois de tanto tropeço

O que eu nereço? O que eu mereço?

Só o abandono teu.

Barba gigante, pelos empestinhados,

Feridas, feridas e inflamações

Bebidas, bebidas e cigarro

Tosse, mais tosse e catarro.

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Alorof
Enviado por Alorof em 24/10/2009
Código do texto: T1884477
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