Bóia-fria
Levanta bem cedo
De enxada na mão.
Segue o destino sem medo,
Com sua marmita, o café, o pão.
Trabalha na roça.
Carpe e planta.
Não tem vergonha da mão grossa,
Que semeia a terra santa.
Colhe o trigo,
Mantendo viva a geração.
Não sabe escrever seu nome,
Mas, sabe saciar a fome do irmão.
Sua caneta é a enxada.
Seu livro é a terra, o chão.
Sua escola é a roça lavrada.
Seu professor e a profissão.
O Bóia-fria é voraz trabalhador.
Sua arma é o arroz, o feijão...
Planta e colhe com muito amor,
Matando a fome da Nação.