Retrato do Sub-Emprego

Retrato do Sub-Emprego

(Alex Louzada)

As luzes vão se apagar, esquece o que passou, vou na velocidade da luz, para ver o que restou, da vidinha de trabalhador, rapaz responsável, que cumpre seus horários e compra seu pão, paga suas contas, quando recebe a grana, sai fim de semana, com os colegas de profissão

E vão para a zona ou para a festança, se não para esquina se embriagar

Segunda comentários, daquele sábado e todo mundo de volta pro chicotinho queimar

E dá-lhe chicote, nas costas dos pobres, se não como irão se alimentar

A carga horária é a descarga honorária mas eles estão felizes da vida

São até bonitinhos, todos arrumadinhos, balançam o rabinho, quando chega o patrão, que diz:

Me dá a patinha, vai pegar seu ossinho, se não eu me irrito e vai ver o que é bom!

Sálario sofrido, com mulher e filhos, a vida é difícil, não tem condição

Ainda tem o aluguel, oitentão do granbel, vestuário, lazer e alimentação

Que vidinha sofrida, 10 horas por dia, gasta a sola da vida, por 465 reais

É só dever sem direito, do sub-emprego, dessa escravidão que te tornares vítima

Não tem outro jeito, já são 5 horas, a vida é essa o sol já clareou

As luzes vão se apagar, esquece o que passou, vou na velocidade da luz, para ver o que restou

Da vidinha de trabalhador, rapaz responsável que cumpre os horários e compra seu pão.....

Alex Louzada
Enviado por Alex Louzada em 27/08/2009
Reeditado em 31/08/2009
Código do texto: T1777312
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