- Eu não percebia que sabias mentir!

Era bom conversar com você, senti a sua falta!

Naquela época, ingenuamente eu não percebi,

Que tu, habilmente, escondias tua verdade,

Um véu de ilusão que à realidade cobria.

Tua voz suave encantava meus ouvidos,

Teus sorrisos, promessas de um mundo irreal,

Eu me perdia em teus dizeres queridos,

Sem perceber o engano por detrás do véu fatal.

Contigo, as horas voavam como o vento,

Confesso, acreditava em cada palavra tua,

Sem desconfiar do teu jogo traiçoeiro e lento,

Na trama ardilosa que em meus sentimentos fluía.

Ah, como era doce esse doce engano,

A ilusão acalentava meu coração envelhecido,

Mas tudo desmoronou como um castelo de engano,

Quando enfim vi a máscara cair, sem compaixão.

Descobri que teu mundo era só ficção,

Tuas palavras, um enredo de fantasia,

Enxerguei a triste realidade da situação,

Toda aquela magia se tornou em melancolia.

Agora, resta-me a lembrança do que um dia foi,

Uma história de encantos que se perdeu no ar,

Guardo as cicatrizes das mentiras que ouvi depois,

Mas aprendi a me erguer, a recomeçar.

Hoje, agradeço o aprendizado doloroso,

Porque ao enfrentar a verdade, eu me libertei,

Cresci mais forte e sábio, enfim corajoso,

E comigo a verdade, a lealdade, sempre andarei.

==========================================

LAURO PAIXÃO
Enviado por LAURO PAIXÃO em 31/07/2023
Código do texto: T7850592
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.