A esquina de uma rua de Pilar
Domingo de sol quente
Sentado no carro mãos no volante
Parado numa esquina observo
O vai e vem do povo caminhante
Um pai de mãos dadas com a filha
Dois pintores com a massa na parede a passar
Um loja de pet shop
Com passarinhos na gaiola a cantar
Eles estão presos e tristes
De sua prisão observam seus amigos
Que lá do alto voam para lá e para cá
E assim é todos os dias, horas domingos
Vejo lá longe um casal a andar
Grudados um ao outro sem da mão soltar
Acordaram cedo tomaram café provavelmente
E agora estão por aí neste domingo a passear
Vejo o ciclista pedalando
Um solitário com duas sacolas nas mãos vindo de lá
Penso que a esposa possivelmente
Em casa está por ele a esperar
Outro jovem a pela calçada
Vejo caminhando com seu cachorrinho
Levando para tomar um ar puro
O seu querido bichinho
E assim está sendo esta manhã
Eu aqui parado na esquina
Vendo a vida por segundos a passar
O tic tac do relógio não para menina.
E se eu for descrever cada cena avistada
Não sairei daqui hoje somente a relatar
Cada cena que vejo nesta manhã de domingo
Aqui na esquina de uma rua de Pilar.
Cenas reais descritas nesta poesia, num bairro de Duque de Caxias, Pilar.