Fantasma de uniforme.

Eu sou um fantasma usando um uniforme,

Ninguém sabe da minha real existência

E também, não quero que seja comprovada.

Apenas vago por aí, quando é necessário.

Sussurrando baixo minhas lamentações.

Convivendo com a realidade paralela.

Eu Sou tal qual um vulto.

Poucos me viram e os que não viram, não acreditarão na minha existência.

Não sou mais do que um vulto recorrente.

Sem rosto e sem forma.

Caminho entre outras vidas.

Que não sentem mais do que um gelar na espinha.

Vago desde a noite até o sol à pino.

Mesmo quando repouso em meu leito,

Ainda assim, não passo de um fantasma

E aos poucos, espero eu, perderei o meu nome.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 15/08/2018
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T6419669
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